Jackson do Pandeiro, o mais importante ritmista brasileiro, em todos os tempos, tem despertado mais comentários e idolatria que audição e estudos, desde seu último disco, “Isso É Que É Forró”, lançado em 1981. Falecido em 10 de julho de 1982, José Gomes Filho, o rei do ritmo, o gênio de Alagoa Grande, na Paraíba, um dos pilares da música popular brasileira da década de 1950 para cá, ainda tem sua rica e vasta obra restrita às lembranças nostálgicas de quem vivenciou seu período áureo ou esquecida em empoeiradas prateleiras de solitários e escassos colecionadores. Mais ou menos, aliás. Há coisa de uns 10 anos, a curiosidade em torno do músico e sua vasta e consistente obra vem ganhando contornos de perpetuação.
Silvério Pessoa, Lenine, Bastianas, Cabruera, Maíra Barros, Cascabulho, Jarbas Mariz, Chico César, Beto Brito, entre outros bambas da nova geração de talentos sonoros, têm conseguido manter acesa a chama da vela da sabedoria jacksoniana. Tão moderno quanto tantos que aí estão e ainda virão.